quarta-feira, 7 de setembro de 2016

MESTRE WILL EISNER

Will Eisner foi uma das minhas primeiras influências nos desenhos. O difícil acesso ao material Europeu me deixava com poucas opções. A arte de Will Eisner era uma opção de qualidade, a arte desse fantástico artista, que tive a honra de conhecer pessoalmente. A arte Noir do Eisner, inconfundível e impar, me encantavam, mas não era bem o estilo que buscava pro meu trabalho. Pra se fazer algo parecido, seria necessário o uso e o domínio de sobreamento, o que não era a minha praia. Mas, nem por isso, deixei de ser fã dele.

Watson Portela 
Edição - Marcia Kanitz 

Poucos têm a honra de dar nome ao prêmio máximo de seu ramo, mas a homenagem prestada a Will Eisner é um destes raros (e merecidos) casos. Filho de imigrantes judeus, o americano começou sua carreira trabalhando como cartunista no jornal New York America. Em 1940, deu vida a um de seus personagens mais famosos: Spirit, combatente mascarado do crime, estampava um suplemento nos jornais do Register and Tribune Syndicate, que chegou a ter circulação de 5 milhões de cópias entre 1940 e 1952. Eisner foi um dos responsáveis por cunhar o termo graphic novel. Suas incursões pelo gênero resultaram em obras importantes como Um Contrato com Deus, de 1978, e Ao Coração da Tempestade, de 1991, retratos da vida na Nova York dos anos 30 e 40 e da experiência dos imigrantes na grande metrópole.
“Will Eisner não apenas ilustrava um roteiro, ele pensava tudo. Do formato das letras e dos balões aos traços dos personagens, que podiam mudar de acordo com o estado psicológico dos personagens, ele explorava todos os elementos para contar as histórias”, diz o pesquisador (e quadrinista) Daniel Werneck. Em homenagem ao artista, foi criado em 1988 o Will Eisner Comic Industry Awards – o Oscar dos Quadrinhos – anunciado anualmente na Comic-Con, em San Diego.













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